O universo criativo de Dani Micóids mistura design, ilustração, poesia e humor, sempre com um olhar nostálgico sobre a vida. Sua estética é caracterizada por traços livres, rabiscos, cores vibrantes, além de um design minimalista e monocromático.
Inspiradas pelo underground, pelo design contemporâneo e pela arte popular, suas criações falam sobre os pequenos prazeres, as ironias do quotidiano, as inquietações da pós-modernidade e a beleza que existe no simples. A marca nasceu da necessidade de colocar para fora um turbilhão de ideias de uma mente que não descansa um minuto. Dani sempre esteve envolvida com arte desde a adolescência, quando personalizava suas próprias estampas. Depois, na faculdade de Publicidade e Propaganda, mergulhou no universo do audiovisual e da fotografia. Trabalhou por 13 anos como fotógrafa e, nas horas vagas, gostava de compor música, escrever poesia, pintar e até tocar, de um jeito muito improvisado, instrumentos musicais.
Em 2023, criou a animação em stop motion "Sea of Problems", que chegou a ser premiada em pequenos festivais ao redor do mundo. A animação questiona os impactos devastadores da atividade humana na natureza e suas consequências para a sobrevivência da vida marinha e da humanidade. O projeto nasceu de uma necessidade pessoal de contribuir com o meio ambiente.
Dani acredita na ideia de criar sem regras, traduzindo pensamentos soltos em formas artísticas que geram experiências visuais e emocionais. Suas obras carregam muitas influências da infância – a estética dos anos 80 e 90, os quadrinhos, a arte popular amadora, os selos de carta, os grafites, os piches, as fachadas comerciais e as placas de rua. Quando criança, adorava recortar revistas, brincar com bonecos de papel, folhas de árvore e lápis de cor. Tudo ganhava vida em suas mãos.
As criações de Dani Micóids são um reflexo da mistura divertida de referências que fazem dela uma artista singular. Seu estilo traz contrastes marcantes: traços simples, tipografia irreverente, uma fusão entre o fofo e o underground. Às vezes tem um toque de sofisticação, mas, no fundo, o design é dúbio – e isso é intencional, como uma crítica à cultura da perfeição na arte.
Aqui, tudo é criatividade, tudo tem um propósito e, acima de tudo, tudo pode ser arte.